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COMÉRCIO
BORBULHAR
PARA CELEBRAR!
M ês de Fevereiro, mês do Amor, mês do Dia dos namo- juntas, num todo, trazem à superfície um sabor frutado
à vida.
rados, mas também um mês para brindar à vida com
muito Espumante. Bruto, Doce ou meio seco, de Mo-
Assim, tal como as bolhas de espumante crescem e se
nocasta ou em Blend, de bolha fina ou mais acentua-
dissipam no ar, a Vida é feita de momentos efémeros
da, que saltam do flute ou que se mantêm na bebida,
que se unem com um significado profundo.
todas elas ascendem lentamente da base do copo até
à superfície, como uma metáfora de efervescência da
consciência humana.
um Alvarinho, não se saboreia apenas uma bebida, há
uma conexão com algo maior, talvez porque esta parti-
O som da rolha na abertura de uma garrafa de espu-
cular bebida seja um símbolo de elegância, energia de
mante ou uma sabrage(abertura da garrafa com um Quando se degusta um espumante talvez um Bairrada,
instrumento de corte), o primeiro toque da bolha no vibração, de prazer. Quem já se permitiu a um momen-
palato, é como se toda a energia vibrante do momento, to de meditação e de contemplação ao olhar para um
preenchesse um espaço de prazer, leveza e celebra- simples flute de espumante e relembrar boas memó-
ção. Mas, e se estas bolhas representassem algo mais rias ou algo importante na vida! São exatamente es-
para além desta experiência sensorial? Talvez um vín- tes momentos que permitem o acesso aos registos de
culo com os registos mentais e sensoriais de momentos memória, com clareza, abrindo o consciente a um fluxo
de felicidade! de sabedoria, completando mais um livro da imensa
biblioteca!
O ser humano é como uma biblioteca, com uma me- Neste mês de Fevereiro convido a abrir uma garrafa de
mória universal onde estão guardados todos os seus espumante, onde cada breve bolha tem uma essência
livros com todas as suas experiências. Agora imagine infinita e cada flute é como um reflexo do que está es-
que é uma simples bolha num Mar de espumante, que crito nas estrelas, ou talvez, na alma de cada um de nós!
salta, brinca, que se atropelam entre si, mas que todas
Joana Vilas Boas
#SIMatuaREVISTA FEVEREIRO · 2025 85