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EM FOCO


               Já foi vereadora da Câmara de Braga e autarca da freguesia de Lamaçães
               PALMIRA MACIEL: DEPUTADA


               NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA



               TEXTO: Marta Amaral Caldeira
















































               A           pesar de o mundo da política ainda ser maiorita-  a atrair as jovens meninas para o trabalho foram os principais


                           riamente masculino, há exemplos de mulheres
                                                                       problemas que fizeram despertar em mim uma vontade forte de
                           que mostram como uma carreira política no fe-
                                                                       querer contribuir para a melhorar qualidade de vida das pessoas”,
                           minino pode fazer a diferença. É esse o caso da
                           bracarense  Palmira  Maciel,  atualmente  depu-
                                                                       ceitos e a discriminação só me deram força para continuar a tra-
               tada na Assembleia da República (AR), depois de ter exerci-  refere, em entrevista à Revista Sim. “A verdade é que os precon-
                                                                       balhar”.
               do o cargo de vereadora na Câmara Municipal de Braga e de
               presidente da Junta de Freguesia de Lamaçães (JFL). “Sou   Olhando para trás e para a carreira política que construiu, Palmira
               uma amante do poder local e a proximidade com as pessoas   Maciel confessa que “o que me levou a envolver na política foi o
               na Junta de freguesia e na Câmara de Braga marcaram a minha   gosto de trabalhar em prol das pessoas e de lhes poder propor-
               passagem com experiências maravilhosas em especial quando   cionar uma melhor qualidade de vida, porque só fazendo parte
               conseguia ajudas as pessoas”, resume a deputada.        de um partido político é que podia estar na lista da candidatura

               “Quando se deu o 25 de Abril, tinha 13 anos e uma infância mui-  da Junta de Lamaçães (1981), maioritariamente masculina, mas
               to feliz, mas sempre atenta às dificuldades e às diferenças sociais   fui sempre muito respeitada pelos colegas” e o certo é que “tanto
               daquela época, em especial nas aldeias. A falta de transportes,   na Junta de Freguesia, na CMB ou na AR todos os dias assistimos
               a falta de água em casa da maior parte das pessoas, a dificulda-  a pequenas conquistas e são essas pequenas conquistas que nos
               de das crianças e jovens para prosseguir os estudos, as fábricas   dão força para continuar a trabalhar com muito empenho”.

               50                                               MARÇO · 2025                                 #SIMatuaREVISTA
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