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ESPECIAL
KIKO CORREIA
TALENTO BRACARENSE QUER CHEGAR LONGE NO AUTOMOBILISMO
[fotos: Hellofoto]
T odas as crianças sonham, um dia, ser como os seus
ídolos. A maior parte como Cristiano Ronaldo ou
Messi, muitos como LeBron James ou Dokic, ou-
tros como Federer ou Nadal, mas também há quem
queira ser como Miguel Oliveira ou Max Versta-
ppen. O Francisco (Kiko é o nome de ‘guerra’) Correia pertence
a este último grupo. A família paterna é ligada aos automóveis,
mas foi um livro sobre Ayrton Senna que lhe despertou o desejo
de começar a correr. A verdade é que, nos cinco anos que já leva
de pista, o petiz tem demonstrado a sagacidade e inteligência
do génio brasileiro, competindo com adversários mais velhos e
ganhando corridas. Quem fala com ele, do alto dos seus nove
anos, nem parece estar a conversar com uma criança, tal a cla-
reza de discurso com que responde a todas as questões. Estare-
mos perante um predestinado?
Os treinos dividem-se entre Braga, Baltar e Viana do Castelo, dependendo
da disponibilidade. Kiko Correia tem horário de atleta de alta competição,
juntando escola, treinos e competição e ficando pouco para outras coisas.
A vontade de correr é tanta que o seu tempo livre é ganhar troféus. “Eu co-
mecei no karting quando tinha pouco mais de quatro anos, por inspiração
do meu pai. Tenho nove anos agora. Eu comecei a querer correr quando vi
um livro que falava sobre o Ayrton Senna, de quem gosto muito e que é uma
inspiração para mim”, conta-nos o pequeno corredor.
Talvez tenha sido Ayrton Senna, talvez não, porque os genes da competição
automobilística estão na Família Correia há pelo menos três gerações. “O
meu pai e o meu tio faziam kart e o meu avô, Domingos Correia, fazia ralis”,
lembra.
ORGANIZADO E COMPETITIVO
Kiko não deixa nada ao acaso e garante-nos que tudo está bem esquema-
tizado na sua cabeça. “Quando estou na escola, não penso nos carros. Fo-
co-me em estudar. Quando estou a treinar, a mesma coisa, não penso na
escola, nem penso em mais nada, apenas em ser mais rápido”, assegura,
acrescentando: “Tento organizar o meu tempo da melhor forma possível”.
Apesar da grande maioria dos seus amigos gostar mais de outros desportos,
como o futebol ou o ténis, Kiko continua a preferir os carros. “Envolve mui-
ta adrenalina e concentração. Dá-me muito prazer correr. Quando entro lá
para dentro, é para ganhar, sou muito competitivo. Encaro-os apenas como
adversários. Quando estamos cá fora, é diferente, somos amigos, tenho
muitos amigos dentro do kart”, refere. Encaro-os apenas como adversários.
Quando estamos cá fora, é diferente, somos amigos, tenho muitos amigos
dentro do kart”, refere.
14 DEZEMBRO · 2023 #SIMatuaREVISTA