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ENTREVISTA
Desta forma, vamos poder interagir com as duas
margens do rio, criando boas dinâmicas; protoco-
lamos com os Bombeiros Voluntários a cedência
do fórum. Vamos fazer um forte investimento por-
que a Póvoa de Lanhoso não tem um Auditório
onde possamos abarcar 250/300 pessoas. Nos
próximos quatro anos passaremos a ter esse equi-
pamento que, sendo propriedade dos Bombeiros
Voluntários, foi protocolado por 25 anos com o
município no sentido de termos capacidade de
uma candidatura a fundos comunitários; temos in-
tenção de avançar com um Complexo Desportivo
Municipal através de uma parceria com algum gru-
po ou privados. A ideia é criar um Estádio Municipal
digno desse nome, com campos de apoio e com
um Pavilhão Multiusos adaptado à nossa dimen-
são. A Póvoa de Lanhoso não tem uma grande sala
de espetáculos. O Theatro Club, apesar de muito
bonito, tem uma capacidade muito limitada. Temos
de ter um espaço para receber seminários, iniciati-
vas de empresas, eventos internacionais, concertos
à porta fechada. Em suma, não quero que sejamos
um concelho de segunda categoria. Em nada! Te-
mos de ser um concelho de primeira água.
Há um desejo de elevar a Póvoa de Lanhoso a
cidade. Como está a ser tratado esse ‘dossier’?
No início do mês passado, antes da dissolução
do Parlamento, demos entrada na Assembleia da
República de um projeto-lei para elevação da vila
da Póvoa de Lanhoso a cidade. Preenchemos to-
dos os requisitos e aquilo que diz a lei é que basta
preencher metade dos requisitos. Está na hora de
nos posicionarmos. Não tem só a ver com prestígio,
mas também com a possibilidade de podermos
majorar alguns apoios em termos de Orçamento
de Estado, em candidaturas a fundos europeus. Há
uma série de mais valias que podem resultar. Não
tenho dúvida nenhuma que vamos ser cidade ain-
da este ano.
Esta proposta a cidade já devia ter sido feita há
muitos anos?
Já podia ter sido feita há muitos anos. Se devia
ou não, é uma análise diferente. Nunca foi e a per-
gunta que me faz, dá-me oportunidade de refor-
çar uma ideia: é preciso ter vontade para as coisas
acontecerem, ter iniciativa e o desejo de ver as
coisas a andarem. O que estamos a fazer é dar uma
visão diferente à gestão autárquica.
O concelho tem mais de 20 freguesias. de Águas Santas e Moure. O mesmo suce-
Conseguiu investir em todas? deu na freguesia de Rendufinho. Nós, neste
mandato, fizemos investimento em todas as
Fizemos mais de 250 intervenções em to- freguesias em todos os anos, com exceção do
Não quero que sejamos um das as freguesias do nosso concelho ao longo primeiro ano em que tivemos de liquidar com-
concelho de segunda categoria. deste mandato. Foram intervenções através promissos do mandato anterior. O orçamento
Em nada! Temos de ser um do orçamento da Câmara Municipal, de con- de cada ano é discutido com cada junta de
concelho de primeira água. Tendo tratos inter-administrativos e de empréstimos freguesia. No passado não era assim. Tenho
realizados. São intervenções no terreno. Em
vários exemplos onde havia investimentos
isso em vista, já deu entrada na todas elas (22) houve investimento significa- sem consultar ninguém. Temos de confiar na
Assembleia da República um tivo. Isto é importante porque durante os 16 análise e na responsabilidade dos autarcas
projeto-lei para sermos cidade. anos em que fomos oposição, lembro-me de das juntas de freguesia. É transversal a ideia
alguns exemplos como as coisas eram bem
Não tenho dúvida nenhuma que diferentes: entre 2009 e 2013, a Câmara Mu- que temos feito um bom trabalho.
vai acontecer ainda este ano. nicipal não investiu um cêntimo na freguesia
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