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REGIÃO
VILA VERDE REFORÇA INVESTIMENTO
NA PREVENÇÃO DE FOGOS FLORESTAIS
C om o objetivo de aumentar a rapidez e melhorar as condições de
segurança na intervenção e combate direto aos incêndios flores-
tais, o Município de Vila Verde prossegue o plano de beneficiação
e reforço da rede primária de caminhos em zonas florestais e de
montanha do concelho. Numa visita de reavaliação dos trabalhos
em curso, a presidente da Câmara Municipal, Júlia Rodrigues
Fernandes, reiterou a importância do trabalho de “prevenção e sensibilização das
populações e proprietários florestais para a preservação e valorização do extraor-
dinário património natural de todo o concelho de Vila Verde”.
“Foi feito um trabalho fantástico nos meses de julho e agosto, em que não tivemos
incêndios de grandes proporções, porque foram combatidos nos minutos iniciais,
graças também à instalação de câmaras de vigilância e ao posto avançado dos
bombeiros no Vade. E foi igualmente importante o comportamento colaborante
das populações e o esforço dos privados na limpeza dos terrenos”, afirmou Júlia
Rodrigues Fernandes, num balanço dos meses de Verão.
No entanto, a autarca – acompanhada pelo vereador Patrício Araújo e responsá-
veis municipais da proteção civil – alertou para os riscos acrescidos do final de Ve-
rão e início de outono para o concelho de Vila Verde, onde nos últimos anos se têm
agravado os incêndios rurais. de incêndios entre as freguesias, aumentando simultaneamente as condições de
“Os efeitos das alterações climáticas são cada vez mais evidentes. Temos de tra- segurança e rapidez no combate a potenciais fogos.
balhar em conjunto, para minorar os efeitos devastadores dos excessos ora de Este trabalho é feito na sequência de uma planificação definida pelo Serviço Muni-
temperaturas elevadas ora de pluviosidade. Por isso, estamos a intervir ao nível cipal de Proteção Civil de Vila Verde, que levou ainda a efeito diversas intervenções
dos caminhos florestais, mas é fundamental que privados e proprietários, juntas de na melhoria dos pontos de água para combate aos incêndios rurais, nomeadamen-
freguesia e administradores de baldios, bombeiros e associações cooperem para te na Ribeira da Mó com a colaboração da Junta de freguesia da Ribeira do Neiva
podermos superar estes novos desafios”, apontou Júlia Rodrigues Fernandes. e em Prado S. Miguel, onde, com a autorização dos proprietários florestais, foi pos-
MAIS DE 40 KMS EM CAMINHOS sível criar um “corredor” de acesso aos meios aéreos de combate aos incêndios.
O plano de intervenção na rede viária florestal contempla e o alargamento e a O Município de Vila Verde possui uma Equipa Municipal de Intervenção Flores-
regularização da plataforma de rodagem, bem como a reconstrução das valetas tal e conta com a colaboração de duas Equipas de Sapadores Florestais, fruto de
e ainda a reparação e instalação de novos aquedutos, abrangendo mais 40 qui- um protocolo com a Associação Florestal do Cávado, que durante os períodos de
lómetros de caminhos florestais. A intervenção decorre em articulação entre as maior risco de incêndio definidos pela ANEPC realizam ações de vigilância dos
entidades com responsabilidade na prevenção dos incêndios rurais, como sejam espaços florestais do concelho e no restante período no ano realizam ações de
o Município de Vila Verde e os Bombeiros Voluntários de Vila Verde, num investi- silvicultura preventiva nas faixas secundárias de gestão de combustíveis definidas.
mento superior a 60 mil euros. Graças a todas estas intervenções e ações desenvolvidas pelo Município e a uma
As intervenções abrangem as freguesias de Dossãos, Ribeira do Neiva, Barbudo, maior colaboração das populações nas ações de limpeza dos terrenos, a par do tra-
Esqueiros, Negovilde e Travassós, Carreiras S. Tiago, Moure, Gomide, Aboim da balho dos Bombeiros e dos Sapadores florestais, tem sido possível diminuir o nú-
Nóbrega e Gondomar e Valdreu. Visam reduzir os efeitos nefastos da propagação mero de ignições e aumentar a resiliência do território do concelho de Vila Verde
aos incêndios rurais.
32 SETEMBRO · 2023