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BRAGA
Conferencistas de várias partes do globo marcaram presença no evento
e fizeram questão de fazer visitas guiadas à cidade de Braga
UMINHO FOI PALCO DE CONFERÊNCIA MUNDIAL
PARA DEBATER OS DESAFIOS E OPORTUNIDADES DA
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ESCRITA ACADÉMICA
D a África do Sul ao Canadá e à China. Ao todo foram mento”, ou seja, como um apoio ao seu trabalho de investigação.
Texto: Marta Amaral Caldeira
180 os participantes na 13.ª Conferência da Associa-
O responsável contou que “esta conferência nasceu precisamente dos
ção Europeia para o Ensino da Escrita Académica,
Centros de Escrita das universidades e à volta daquilo que que eram
intitulada ‘EATAW - Literacias académicas multilin-
gues: desafios e oportunidades na era da Inteligência
Norte Europa Central têm para apoiar os estudantes na vertente da es-
Artificial (IA)’ que teve lugar em Braga, na Universidade do Minho. os Centros de Escrita - estruturas que as universidades da América do
A iniciativa decorreu entre os dias 2 e 4 de julho e contou com con- crita académica”.
ferencistas de renome na área Suresh Canagarajah (Universidade José António Brandão Carvalho explica que, a partir de certa altura, o
do Estado da Pensilvânia, EUA), Julia Molinari (Open University, tema começa a atrair pessoas ligadas à investigação, sendo, hoje, uma
Reino Unido) e Federico Navarro (Universidade de O’Higgins, Chi- comunidade mundial. “Não há tradição do ensino da escrita académi-
le), entre muitos mais. ca e com algumas iniciativas das universidades aqui representadas te-
mos a oportunidade de criar uma opção de uma cadeira de disciplina
A Conferência EATAW permitiu o cruzamento de perspetivas de toda-
sa as partes do mundo sobre a escrita académica, abordando, este ano, curricular precisamente na área da escrita académica”. O responsável
de forma mais específica, a maneira como a IA está também a introdu- destacou, ainda, que a UMinho procurará “sensibilizar os estudantes
zir mudanças nos ambientes universitários, nomeadamente ao nível da para a importância da linguagem no desenvolvimento de conheci-
escrita académica. mentos”.
Por outro lado, José António Brandão Carvalho, assinalou que esta é
José António Brandão Carvalho, do Instituto de Educação da UMinho, “uma oportunidade para trazer pessoas de vários pontos do globo a
coordenador da organização do evento, assinala que o mais impor- Portugal e conhecer o nosso contexto académico, relativamente ao
tante é não só analisar os perigos, mas também as vantagens que a IA trabalho que desenvolvemos aqui na UMinho, mas também de conhe-
traz ao universo universitário, frisando que os académicos devem olhar cer a nossa região.
para estas novas tecnologias como “fontes de produção de conheci-
24 JULHO · 2025 #SIMatuaREVISTA