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REGIÃO
VILA VERDE CONQUISTA GALARDÃO
“AUTARQUIA VOLUNTÁRIA”
O município de Vila Verde acaba de receber mais um re-
TEXTO: Ricardo Moura
conhecimento nacional ao ser distinguido como “Au-
tarquia Voluntária”, cerimónia que ocorreu por estes
dias no Teatro Thales, em Lisboa. A iniciativa, promo-
vida pela CASES (Cooperativa António Sérgio para a
Economia Social), contou com a presença da presiden-
te da autarquia, Júlia Fernandes, que salientou o impacto do voluntaria-
do para a promoção social do território.
Foi com o sentimento de dever cumprido que Júlia Fernandes recebeu o
troféu “Autarquia Voluntária”, numa cerimónia pública realizada na capital
portuguesa. A autarca de Vila Verde vincou a importância de reconhecer o
voluntariado como “um recurso efetivo para o sucesso das políticas sociais
e promover qualidade de vida”.
Nesse sentido, a edil sublinhou que a promoção do voluntariado no con-
celho de Vila Verde “assume um impacto de enorme importância para o
sucesso do trabalho social desenvolvido pelo município junto das pessoas
mais vulneráveis, designadamente os idosos e em também casos de emer- A reboque desta ação está a criação do Banco Local de Voluntariado e o
funcionamento do Programa Idade Maior – dirigido ao combate a proble-
gências sociais”.
mas de idosos em situação de isolamento. Ambos fazem parte do leque de
AÇÕES INOVADORAS E INCLUSIVAS “ações inovadoras e inclusivas” apontadas pela Presidente da Câmara no
âmbito da promoção da prática do voluntariado em Vila Verde. Dito por ou-
Vila Verde tem sido fértil em trabalho no campo social. Exemplo disso é tras palavras, estamos perante ações “desenhadas para atingir diferentes
o lançamento do Programa de Voluntariado em Emergência Social. Uma segmentos da população, com o objetivo de aumentar a consciencializa-
aposta que visa assegurar uma resposta eficaz em primeiros socorros, ção sobre a importância do voluntariado e incentivar a participação ativa
apoio psicológico e gestão de crises, reforçando os laços de solidariedade da comunidade no serviço público, particularmente na área social”, conclui
e coesão social. Júlia Fernandes.
MUNICÍPIO DE VILA VERDE REFORÇA
A RECOLHA SELETIVA DE LIXO
C om o foco no ambiente, o concelho de Vila Verde re-
colheu, no ano findo, 2.385 toneladas dos ecopontos
de vidro, papel e embalagens. Dados que reforçam a
política ambiental levada a cabo pelo executivo lide-
rado por Júlia Fernandes. A separação destes resíduos
resultou numa redução de quase 140 mil euros nos
custos com a deposição de lixo indiferenciado em aterro.
O município de Vila Verde e a empresa intermunicipal ‘Braval’ acabam de
anunciar que a recolha seletiva de lixo aumentou 4,5% em relação ao ano
anterior. A maior subida foi ao nível das embalagens, com um total de 185
toneladas recolhidas. Dos ecopontos foram ainda levadas 1.159 toneladas
de vidro e 1.041 toneladas de papel.
EVOLUÇÃO POSITIVA
Patrício Araújo, responsável pelo pelouro do ambiente na Câmara de Vila
Verde, defende que estamos perante “uma evolução positiva que benefi-
cia o ambiente e a sustentabilidade” ao mesmo tempo que alivia “a pres-
são sobre a taxa de resíduos a pagar pelos munícipes”. Ainda nesta ótica, o (TGR).
autarca fez questão de lembrar a importância da adesão dos munícipes a
hábitos sustentáveis, com particular impacto na gestão dos resíduos e nas A autarquia faz fé que estes números podem ser melhorados, atendendo à
tarifas a cobrar às famílias. Referir que a Câmara de Vila Verde cobra valores estimativa de que cerca de 40 por cento dos resíduos indiferenciados são
inferiores aos custos dos serviços de recolha de lixo, tal como acontece ao embalagens. Além da penalização nos custos com a gestão dos resíduos,
nível do abastecimento de água e ligações de saneamento. ressalta a pressão sobre os recursos naturais: por cada tonelada de plástico
Segundo os dados revelados, a recolha seletiva no concelho de Vila Verde reciclado, evita-se a extração de uma tonelada de petróleo. Como curiosi-
significou uma poupança de quase 68 mil euros na fatura de deposição de dade, refira-se que o vidro pode ser reciclado infinitamente sem perda de
resíduos – caso fossem como indiferenciados para aterro –, a que acresce- qualidade ao passo que, ao nível do papel, por cada tonelada reciclada é
riam 71.550 euros a pagar ao Estado através da Taxa de Gestão de Resíduos possível evitar o abate de 15 a 20 árvores.
32 MARÇO · 2025 #SIMatuaREVISTA