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REGIÃO

               GUIMARÃES VOLTA A DEDICAR O MÊS


               DE OUTUBRO À ECONOMIA
               A           pós uma primeira edição em 2023, dedicada à Inovação e   e, por isso, altamente credenciados para fomentar uma discussão saudável e


                                                                       profícua em torno do papel que a economia local e nacional deve assumir num
                           Fábrica do Futuro, Guimarães volta a reunir um conjunto de
                                                                       futuro que já é o nosso presente.
                           especialistas em torno da temática da economia, com foco
                           nos “Motores da Economia – Net Zero, Criatividade e Inova-
                           ção Colaborativa”. Para esta segunda Edição do Mês da Eco-
                                                                       tal discutir-se de que modo o tecido económico vimaranense, e da região,
                           nomia, o objetivo estará focado na sustentabilidade e no pa-  Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, considera fundamen-
               pel que os diferentes agentes económicos devem assumir num mundo que se   deve interagir de forma a criar um conjunto de sinergias que levem a uma
               quer mais sustentável e consciente, assim como na influência que a criativida-  economia mais forte e sustentável. “É importante assumir pragmaticamente a
               de e a inovação colaborativa possuem na concretização destes intuitos, sendo   circularidade da economia, e isso implica ter em atenção parceiros de outras
               que está nas mãos deles a chave para a definição de políticas que efetivamente   áreas de atividade, algo que começa a ser feito, mas que tem que ser intensifi-
               contribuam para que os objetivos propostos sejam alcançados.   cado”, refere. Para o edil, a criatividade e a inovação colaborativa são processos
                                                                       e conceitos fundamentais para atingir resultados que se traduzam em formas
               Durante cinco semanas, serão discutidas diversas temáticas, começando com   de criar valor económico diferenciador e transformador do território em ter-
               o levantamento crítico do atual panorama económico concelhio, com foco   mos da sua interdependência setorial. Como concelho predominantemente
               no seu percurso, estado e destino, passando pelos desafios e oportunidades   industrial, Guimarães deve, segundo Domingos Bragança, também, apostar
               que a economia Net Zero apresenta atualmente e para o futuro. Espaço ainda   em novos setores, de alto valor tecnológico, e desenvolver as empresas com
               para a discussão em torno da importância das Redes Colaborativas para a ino-  base na intensidade de conhecimento, seja ele incremental, seja disruptivo.
               vação e criatividade, como motor para a competitividade empresarial. Nesta   Aproveitar o ecossistema científico e os centros de investigação existentes no
               edição, destaque ainda para a realização da Techstars Startup Week, de 21 a 25   território, beneficiando do que a Inteligência Artificial, a Robótica, os Novos
               de outubro, que se realizará pela primeira vez em Portugal, com Guimarães a   Materiais, as ciências Aeroespacial e de Dados, e as ciências da Saúde, recursos
               ser a cidade escolhida para acolher este evento que reúne empreendedores,   valiosos à disposição das empresas, têm para oferecer. Este é um caminho que
               investidores e entusiastas do ecossistema de startups e que reunirá oradores e   projetará a região para um futuro promissor e desafiante de oportunidades,
               mentores de renome nacional e internacional.            sendo para tal, essencial a colaboração. E esta depende da vontade, do querer
                                                                       mesmo: individual e coletivo.
               Na sua primeira edição, que decorreu em outubro de 2023, cuja temática se
               centrou na “Inovação e Fábrica do Futuro” a iniciativa, promovida pelo Muni-  Tal como na primeira edição, o Mês da Economia culminará com uma semana
               cípio de Guimarães, contou com um total de 146 oradores, distribuídos por 25   dedicada ao levantamento do conhecimento adquirido, destinado à criação
               eventos distintos, mas complementares, e que reuniram mais de 1400 partici-  de um plano de ação para iniciativas de longo prazo, fortalecendo ligações
               pantes, num total de 80 horas de palestras, conferências e encontros. Foram   atuais e incentivando ligações futuras. O Mês da Economia encerrará com a
               assinados 3 protocolos de parceria de apoio à promoção do empreendedoris-  II Gala Guimarães Marca que premiará as empresas pertencentes ao projeto,
               mo e inauguradas duas infraestruturas de apoio à criação de negócios.   com o intuito de notabilizar o talento empresarial local, destacando individua-
                                                                       lidades e organizações em diferentes categorias: exportação, inovação, inter-
               Desta feira, passamos da “Inovação & Fábrica do Futuro” para o passo seguinte,   nacionalização, qualificação, investimento, sustentabilidade, inclusão social,
               definidor do atual posicionamento de Guimarães (uma região com um sólido   personalidade e revelação do ano.
               sentido de responsabilidade no que diz respeito às novas políticas de sustenta-
               bilidade e consciência ecológica), que se foca nos novos “Motores da Econo-  “Motores da Economia - Net Zero, Criatividade e Inovação Colaborativa” será
               mia – Net Zero, Criatividade e Inovação Colaborativa”, aproveitando o facto de   uma edição que promete ser um alicerce para a redefinição das políticas eco-
               esta ser uma região que conta com um fortíssimo tecido económico industrial,   nómicas a adotar para os tempos que se seguem.
               turístico e académico, que são exemplos de boas-práticas em todo o mundo




































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