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               ROTA DO ALVARINHO



               FECHAS DO MALHO                                        MOSTEIRO/CONVENTO DE FIÃES
               Também conhecidas como poças do malho, estas 4 cascatas e 4 lagoas formam   Entre o vasto património religioso de Melgaço, destaca-se a igreja românica do
               uma paisagem incrível. Existe um miradouro que permite vislumbrar a sua beleza   desaparecido Mosteiro de Fiães, também conhecida como Convento de Santa
               e tirar fotografias.                                   Maria de Fiães.
























               Não são cascatas boas para mergulhos devido ao perigo mas valem a visita pela   A sua origem não é consensual entre os historiadores: enquanto alguns defen-
               beleza do local.                                       dem que esta é uma construção da Ordem de Cister, outros acreditam que parte
                                                                      do monumento é mais antiga, datando da época em que a Ordem Beneditina
               Esta sequência de fantásticas quedas de água no Rio Laboreiro, fica a cerca de
               6km a pé da Aldeia de Pontes, no lugar do Ribeiro de Baixo.  aqui vivia, em meados do século XII.  Segundo estes últimos autores, a mudança
                                                                      arquitetónica entre cluniacenses, da Ordem de São Bento, e cistercienses, da
               FORTALEZA DE MONÇÃO                                    Ordem de Cister, ter-se-á dado no final do século XII, algures entre 1173 e 1194.
               Com origens coincidentes com a da nacionalidade, o povoamento foi prova-  Da construção cluniacense chega-nos o corpo de três naves e quatro tramos,
               velmente fortificado no reinado de D. Sancho I, a que se seguiram ações cons-  separados por arcarias longitudinais de arcos de volta perfeita. Já da constru-
               trutivas por ordem dos reis D. Afonso III e de D. Dinis, de cariz gótico e de forma   ção cisterciense podemos admirar a cabeceira tripartida e escalonada de planta
               circular e com torre de menagem sobre uma das portas.  quadrangular, a ábside de duas tramos e, em todo o conjunto, a decoração sim-
                                                                      ples e austera.
               No tempo de D. João I foi ordenada a construção de uma couraça a envolver a
               fortificação, de modo a defender os acessos, sob a forma de “muros paralelos”.  CASTELO DE CASTRO LABOREIRO
                                                                      A história deste local começou na Idade do Ferro, sendo mais tarde aqui cons-
                                                                      truída a fortaleza, pela mão de Dom Afonso Henriques. Depois de ter sido des-
                                                                      truído por um violento temporal, D. Dinis reconstruiu-o devido à sua importância
                                                                      estratégica e histórica, o que vem reforçar o misticismo que o local transmite.
                                                                      Para aqui chegar, o caminho não é fácil, tendo que se subir uma boa parte a pé,
                                                                      até alcançar cerca de 1033 metros de altitude.















               Durante as Guerras da Restauração e com desenho de Miguel de l’Escole, en-
               genheiro militar que desenvolveu outras fortificações ao longo do rio Minho, foi
               erguida nova estrutura defensiva na forma abaluartada.
               O conjunto fortificado possui nove baluartes e cinco portas em volta de um am-
               plo espaço, onde mais tarde se desenvolveu a vila, destacando-se atualmente a   Quando aqui chegamos, porém, esquecemos todo o caminho que ficou para
               Igreja da Misericórdia e o Pelourinho. Uma das portas mais monumental contém   trás, tal a beleza e imponência do que nos cercam. Da antiga fortificação me-
               as armas nacionais.                                    dieval, quase em ruínas, consegue-se descortinar restos das muralhas, a torre
                                                                      de menagem e uma velha cisterna. A porta principal, designada Porta do Sol, é
               Os baluartes de outra são, hoje, excelentes miradouros virados para o rio Minho.
                                                                      visível do lado nascente, enquanto a Porta da Traição ou do Sapo, no lado norte,
                                                                      nos dá acesso ao terreiro interior.

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