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REGIÃO
REVISTA ´BRACARA AUGUSTA´
É UM ´PRODUTO CULTURAL DE
EXCELÊNCIA´ DA CIDADE
D Decorreu, na Biblioteca Pública de Braga, o lançamento De João M. Fernandes está presente o artigo “O primeiro jogo oficial de fu-
do Volume LXXI, N.º 131(144) da Revista “Bracara Augus-
tebol de âmbito nacional do Sporting Clube de Braga”, que se realizou em
junho de 1923. O artigo de Maria Teresa Fragata, sobrinha do Padre Júlio
ta”, relativo ao ano 2023.
Fragata, permite perceber a maneira de filosofar através do diálogo sereno
Durante a sessão, o presidente da Câmara Municipal de
Braga, Ricardo Rio, sublinhou que esta publicação é um
´produto cultural de excelência´ que, tal como a Cidade, mantém as ´portas e arguto, método que vem, aliás, desde as origens gregas da filosofia.
Por ocasião dos 110 anos dos primeiros contactos da Confraria do Bom
abertas´. “Queremos que mais investigadores possam dar o seu contributo Jesus com Raul Lino, escreve José Carlos Gonçalves Peixoto sobre a obra
para enriquecer este espólio, permitindo manter a cadência da revista ou que o grande arquiteto português, um dos mais importantes do século XX,
tornando-a ainda mais regular”, afirmou, apontando a digitalização como deixou no Bom Jesus do Monte, entre 1913 e 1936.
um caminho para facilitar a submissão de artigos originais que possam ex-
plorar novos aspetos da nossa história e vida em comum. A publicação pode ser adquirida no Balcão Único de Braga e no Posto de
Turismo a partir do final do presente mês, assim como nas diversas livrarias
Como afirmou o Edil, a longevidade desta publicação deve-se ao seu pú- do Concelho.
blico interessado e fiel, tendo a capacidade de atravessar gerações. “Tra- Refira-se que a primeira série, de 1935 a 1945 (fascículos 1 a 11) publicou-se
ta-se de um produto sempre apetecível e que muito valorizamos porque é sob a direcção de J. Constantino Ribeiro Coelho, com o título de Boletim
bastante rico, contendo artigos de grande qualidade e muito diversos entre do Arquivo Municipal.
si, mas que mantém como ponto comum a evocação da história, do patri-
mónio e das circunstâncias da vida da cidade de Braga”, sublinhou. A segunda série, 1949 (fascículos 12 a 13), já na presidência de António Ma-
O novo número apresenta um artigo sobre “Braga e a Mudança liberal”, ria Santos da Cunha, e enquadrada num vasto programa de política cultu-
da autoria de José de Sepúlveda Macedo. No artigo “Sobre a designação ral, sob a direção do Dr. Sérgio da Silva Pinto e de J. Constantino Ribeiro
‘capela’ dos Monges”, de Eduardo Pires Oliveira, explica o autor a origem Coelho, apareceu com a denominação de Braga – Boletim do Arquivo Mu-
da expressão “capela dos Monges” dada ao belíssimo espaço existente no nicipal.
edifício da basílica dos Congregados, da autoria de André Soares. Estas duas séries formam o 1.ºVolume do órgão cultural camarário. A tercei-
ra série é constituída pela Revista Cultural Bracara Augusta, hoje sob a di-
O estudo “Os (carto)grafismos de um manuscrito setecentista de memó-
rias: notícias íntimas do Teatro da Guerra” tem como autores os professores reção do Prof. Doutor Luís Alexandre Cabral da Silva Pereira, a quem o pre-
universitários Miguel Sopas de Melo Bandeira, Ana Maria Macedo e Mário sidente da Câmara Municipal de Braga fez questão de deixar uma palavra
Gonçalves Fernandes. de agradecimento durante a cerimónia. Atualmente, a Bracara Augusta é
considerada uma das revistas culturais mais antigas e conceituadas do país.
22 ABRIL · 2024 #SIMatuaREVISTA