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LIVRO


               ‘850 Anos das Festas do S. João de Braga’

               EVANDRO LOPES APRESENTOU LIVRO SOBRE

               UMA DAS MAIS ANTIGAS FESTAS DE PORTUGAL
               A            Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva acolheu a apresentação


                            da obra ‘850 Anos das Festas do São João de Braga: A Mais
                            Antiga Festa Popular Portuguesa’, um livro da autoria de
                            Evandro Lopes. Na apresentação da cerimónia de apresen-
                            tação, estiveram Vítor Sousa (ex-presidente da Associação
                            de Festas de São João de Braga), o autor Evandro Lopes e
               Fernando Torres (administrador da Torrestir, empresa que apoiou o lançamen-
               to do livro), num evento que contou, também, com a presença dos vereadores
               da CM Braga, Altino Bessa e João Rodrigues.
               Com prefácio assinado por Jorge Cruz, o livro de Evandro Lopes (que já tem
               outros títulos como “A História da Bola em Braga”), acaba por dar uma nova
               forma a um trabalho que já faz há vários anos, de recoleção e estudo dos car-
               tazes do Mestre José Veiga sobre a popular festa bracarense, e que teve o pri-
               meiro capítulo numa exposição produzida em 2013, por encomenda do então
               Presidente da Associação de Festas de S. João, Vítor Sousa. Investigador sagaz
               e dedicado, o bracarense apresentou o livro como “um projeto há muito na ga-
               veta, que nunca saiu cá para fora por falta de financiamento e apoio”, explicou.
               Na apresentação, Vítor Sousa destacou que “o livro engrandece aquela que é,
               efetivamente, uma das maiores instituições da cidade: o São João”.
               No prefácio, Jorge Cruz destaca e elogia o autor, referindo que “seria estultícia
               não associar a vocação de Evandro para estas pesquisas, estas investigações,
               ao facto de ter crescido no meio de livros, muitos livros, já que seu pai era o afa-
               mado alfarrabista do cantinho da Arcada, em pleno centro da cidade. Não te-
               nho quaisquer dúvidas que o seu interesse pela leitura, pela aquisição de saber
               histórico, nasceram aí, no contacto com os livros e nas conversas com o pro-
               genitor, levando-o, mais tarde, a transformar-se naquilo que vulgarmente se
               designa carinhosamente como um rato de biblioteca”, afirmando mais adiante
               que “foi nesses caminhos do conhecimento, por entre estantes repletas de
               publicações de vária índole, que Evandro descobriu e/ou validou muitas das
               histórias que compõem o seu riquíssimo portfólio pessoal, parte das quais em
               suporte papel ou virtual, mas todas elas, naturalmente, em suporte cerebral.   2013, por encomenda do então Presidente da Associação de Festas de S. João,
               Quer isto significar que existe ainda um largo conjunto de histórias, algumas   Vítor Sousa. Foi, portanto, esse trabalho, traduzido numa centena de cartazes
               já divulgadas oralmente, a aguardar publicação para memória futura. Na “His-  narrando a história das Festas de S. João de Braga, que constituiu a génese do
               tória das Festas de S. João”, podem encontrar-se abundantes informações   livro, só agora dado à estampa graças a um amigo de infância do autor, que se
               e relatos destes tradicionais e antiquíssimos festejos da cidade de Braga, ora   assumiu como mecenas. São inúmeras as fontes a que Evandro Lopes recor-
               através da narrativa do autor, ora por via ou com ajudas pictóricas e/ou ima-  reu, seguindo aliás as boas práticas da pesquisa e da investigação. Consultou,
               gens, em qualquer dos casos fruto de um aturado trabalho de pesquisa e que   entre tantas outras, as actas da Confraria do S. João do Souto e da Câmara Mu-
               agora são partes integrantes dos dossiers privados do autor”.  nicipal de Braga, mas também o Liber Fidei, as memórias do desembargador
                                                                      Inácio José Peixoto, bem assim como a imprensa local, nada escapando ao seu
               Ainda no prefácio, Jorge Cruz escreve que, “sobre o presente livro, convirá   olhar perscrutante”.
               sublinhar que se trata de passar a escrito a exposição homóloga produzida em




























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